Sabemos que a prática do exercício físico traz inúmeros benefícios para saúde como um todo, mas em especial para o cérebro. Certas substâncias produzidas pelo corpo durante a atividade trazem possibilidade de melhoras e/ou retardamento para determinadas doenças neurodegenerativas.
A doença neurodegenerativa não tem cura e leva ao comprometimento progressivo das atividades, a uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais. Pesquisas recentes sobre a Irisina, hormônio liberado durante a prática de exercício físico mostra um potencial e promissor prognóstico no tratamento da doença de Alzheimer e na função cognitiva. Estudos recentes indicaram que a Irisina pode reduzir a patologia da proteína beta-amiloide no cérebro, uma característica da doença de Alzheimer. Esse efeito está relacionado à capacidade do hormônio de aumentar a atividade da neprilisina, uma enzima que degrada a beta-amiloide, através de interações com astrócitos e vias de sinalização específicas.
“Descobrimos que a Irisina promove, ainda, alterações químicas dentro dos neurônios que protegem o cérebro contra a perda da capacidade de armazenar informações, e também ajuda a restaurar a memória perdida com o avanço da doença”, ressaltou o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Rudimar Luiz Frozza, um dos autores do estudo. A pesquisa liderada por Fernanda De Felice e Sérgio Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta com a participação de outras instituições brasileiras, além de cientistas do Canadá e Estados Unidos. Os achados foram publicados no periódico científico Nature Medicine.
Um estudo do Instituto de Células-Tronco de Harvard descobriu que elevar os níveis de Irisina em camundongos melhorou a função cognitiva e reduziu a neuroinflamação, mesmo após o desenvolvimento significativo da patologia de Alzheimer. Isso sugere que a Irisina pode ser um agente terapêutico valioso para doenças neurodegenerativas além do Alzheimer, devido aos seus amplos efeitos neuroprotetores.
Esses achados ressaltam o papel da Irisina como mediadora dos benefícios neuroprotetores do exercício e abrem novos caminhos para o desenvolvimento de terapias visando prevenir e tratar a doença de Alzheimer e outras formas de declínio cognitivo.
Enquanto pesquisadores estão buscando desenvolver esse hormônio em laboratório a melhor forma de manter seus níveis altos em nosso organismo é manter a prática regular de atividades físicas.
E você ... já produziu Irisina hoje?
(https://www.sciencedaily.com/releases/2023/09/230908125947.htm)
(https://www.sciencedaily.com/releases/2023/09/230908125947.htm)
(https://medicalxpress.com/news/2023-09-exercise-induced-hormone-irisin-alzheimer-disease.html)
(https://hsci.harvard.edu/news/hormone-irisin-found-confer-benefits-exercise-cognitive-function)